sexta-feira, 29 de maio de 2020

Ah, a adolescência...

Ah, aqueles bons velhos tempos...

E eram bons mesmos? Ou eram... bem, outros tempos?

Quando pensamos em adolescência e início da nossa fase pré-adulta, 20 e poucos anos, vemos o mundo com óculos que nos deixam saudosistas e ressaltamos os pontos positivos. Entretanto, basta trocar uma idéia com algum parente nesta faixa etária que você relembra feridas semi-cicatrizadas e abertas novamente.

Foi em uma conversa dessas que eu me vi filosofando sobre pontos de vista. Eu vivi um lado da moeda e nessa idade nem pensava em ter muita empatia pelo próximo, pensava em como eu me sentia e como o outro tinha me afetado e ponto. Era um egoísmo ignorante, sem saber que eu podia me colocar no lugar do outro, o que, hoje em dia, eu posso fazer em retrospecto.

Pelo meu ponto de vista, eu digo que eu era a menina apaixonada que tinha receio de assumir meus sentimentos, então negava tudo até que se provasse o contrário. Tá bom, vai... não tinha tanto medo assim, depois de uma idade eu não tinha é paciência de ficar esperando o outro tomar alguma decisão, mas no começo eu não queria me colocar na reta de tiro e poder ser "rejeitada" pelo outro. E por sua vez o outro vendo essas mensagens dúbias e confusas, não entendia nada do que eu queria.

Sendo assim, sem demonstrar efetivamente que eu queria alguma coisa, sem que fosse falando e soletrando "Oi, então estou afim de você" eu emitia sinais confusos e esperava do outro uma atitude que ele nem saberia que tinha que tomar. Ainda mais, sem a empatia de perceber que mesmo que ele notasse, ele teria a iniciativa de fazer alguma coisa ou ficaria em sua zona de conforto? Com seu próprio medo de rejeição.

Não preciso nem dizer que quando eu resolvi sair da minha cabeça e não ligar tanto para a opinião dos outros, e dos julgamentos e críticas alheios, que as coisas começaram a acontecer. Por outro lado não devemos nos esquecer de dar a chance para a outra pessoa decidir o que ela realmente acha ao invés de se fechar tanto que o outro nem chega a conhecer o seu verdadeiro EU. Dê o direito ao outro de te conhecer e de tomar a sua própria decisão antes de simplesmente negar e impor o seu pre-conceito consigo mesmo.

Por fim, seja você e seja feliz com suas decisões. Recebemos nãos todos os dias, caímos, levantamos e caímos de novo, mas vai que neste meio do caminho, depois de 9 NÃOs você encontra aquele SIM que vai mudar a sua vida?


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