domingo, 6 de dezembro de 2009

Tudo depende do ponto de vista

Ontem eu tive uma experiencia, um revival inesperado.
Uma fase da minha vida se alimentava da adrenalina emitida nos "dramas"e "teens" festivals da Cultura Inglesa. Aquela torcida, vibrar pela camisa (ou a falta de uma) de seu bairro, de seu grupo.... hey mooca hey, shake your butt!
Tudo bem que no começo quase nunca ganhávamos, éramos muito bons, de vdd, mas existiam pessoas bem melhores e mais experientes e que sabe-se-la-porque tinham uma propensão maior a ganhar.. assim, nós vibrávamos pelos nossos poucos prêmios e torcíamos pela filial que mais merecesse ou que tivéssemos mais amigos participando. Houve uma época em que a mooca levava mais de 60 pessoas, era o paraíso.
Os teens se tornavam adultos e todos riam e cantavam e batiam palmas e dançavam, era lindo. Uma felicidade que surgia e na semana depois ia evaporando e deixando um vazio, mas apenas até a próxima temporada.
Deus sabe o quanto eu desejei que isso nunca acabasse, mas condições externas e egoístas aconteceram e destruíram nosso little heaven on earth,... fomos nos separando, seguindo caminhos diferentes e nos tornando atores frustrados e saudosos.

Ontem eu respirei um ar parecido. Um ar de competiçao saudável e unida principalmente pela amizade e dedicação. Objetivo em comum, sentir prazer naquilo que se sente bem fazendo. Enquanto a premiação acontecia, eu pude ver a minha volta as pessoas contando e pulando quando ganhavam. Novamente eu me vi entre aqueles que não foram nem nomeados, mas isto não importa realmente, pois meu sentimento foi de que um dia estaríamos entre eles. Seremos tão bons quanto, ou quem sabe, melhores... hey mooca hey.

Encontrei um lugar que pode não ter o mesmo objetivo de antigamente, mas que pode me fornecer a velha adrenalina para seguir em frente. Fantástico encontrar momentos tão únicos disfarçados durante a sua vida.
Tudo depende do seu ponto de vista, tudo depende da situação... aquela velha premiação pode nao ser mais a mesma, mas quem sabe eu possa tirar o melhor possível desta nova oportunidade!

Na saída do evento, como se fosse um lembrete ainda mais óbvio encontrei uma das pessoas que esteve comigo no começo de tudo, que me viu perdendo a minha virgindade de palcos. Que me deu força quando precisei e que me substituiu quando nao pude mias estar lá.

It's a sign. Or, s it a sign?

Passado e presente se unindo para um futuro melhor! =)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

São Paulo

Eu nunca foi "patrióta", mas hoje eu percebi que amo minha cidade. Na verdade, A cidade,... em alusão à Cidade e as Serras de Eça de Queiroz, mas sem querer plagiar.
EU percebi que amo as luzes da Paulista, que amo a Consolação lotada. Amo chegar na USP e me orgulhar de estar naquela microfloresta envolta de concreto. EU amo até os motoboys que passam zumbindo na Bandeirantes.Amo não saber o caminho e simplesmente seguir o carro da frente para onde ele me levar! Acordar de manhã e saber que o meu caminho da zona leste até a oeste vai cruzar a cidade, e que eu posso estar em qualquer lugar a qualquer momento, desde que com 2 horas de anecedência...Amo me perder aqui, pois cada vez que eu me perco eu me acho mais, eu descubro mais um pedacinho do meu lar, da minha cidade, da minha cara. Cimento, CO2, Trânsito e Poluição = Home Sweet Home!

domingo, 1 de novembro de 2009

Failure - Ficção ou Realidade?

Who is not afraid of failing? Well I am,.. and I have got to tell you that it fucking hurts!
Nunca fui acostumada com fracassos, ou com problemas do tipo. Sempre consegui tudo o que queria, nem que fosse feito nas coxas... Sim eu compreendo que não é o certo... agora facing this dilemma eu me pergunto: O que está acontecendo?
Pensamentos de alguma forma amorfa.
Desde que eu entrei na faculdade mais conceituada e a "melhor da América Latina" tudo pareceu afundar, como se o meu último golpe de sorte tivesse sido passar.
Minhas notas foram morro abaixo e diante da primeira nota vermelha da vida eu entrei em pânico. O que há de errado comigo?
Muito bem, tentei ao máximo fazer as coisas voltarem ao normal... tive que fazer uma espécie de recuperação, substitutiva, depois outra e assim por diante. Ouvi uma "sábia" veterana me dizer, numa tentativa de me boicotar ainda mais, que todos que entram lá eram os melhores alunos das salas do colégio, e impreterivelmete vão começar a ir mal e se arrepender. Bom, não é nenhuma mentira.
Mas outros boicotes e críticas vieram e minha auto-confiança e minha auto-estima foram bombardeadas. Expuseram defeitos que eu não tenho ou cultivo por não me conhecerem. O que me fez pensar que existem muito mais formas de PRÉ-conceito, principalmente quando não se conhece a pessoa o suficiente para se fazer tal afirmação.
Responsabilidade, dedicação, ética são alguns dos meus valores e estes foram julgados e condenados. Eu não sou assim, eu queria gritar, mas quem queria ouvir? Ninguém! Welcome to the real world... eu tinha tomado a maldita pilula vermelha e saido da matrix do meu quarteirão, da minha escola de bairros, dos meus amigos-gossip girl.
Passei então meu ano de caloura tentando provar meus valores. Graças ao bom Deus eu encontrei amizades verdadeiras e um carinho enorme. Eles me deram forca e guidance. Eles acreditaram em mim...
No começo do ano eu falhei em uma prova internacional, por muito muito pouco,... falta de sorte eu me atrevo a dizer,.. comecei a parar de me decepcionar.
Consegui uma conquista, nem tudo estava perdido, fui para uma viagem de trabalho. Perfeito. Encontrei um pouco de mim lá. Tive oportunidades de mostrar quem eu era, como eu era e quando as pessoas se permitiram ver eu fui reconhecida, minha alma foi reconhecida. Cometi erros, sim, erros que eu sempre cometi, inerentes a mim. Me afundar no trabalho e esquecer que as pessoas a minha volta são seres humanos com sentimentos que se machucam tanto como eu.
Durante este ano eu tentei ao máximo continuar cultivando esta imagem que era antiga e comum para mim, mas nova para a minha nova sociedade, consegui continuar com as minhas 200 atividades e passei um pouco para os recém-chegados.
Durante o caminho, porém eu ainda levei pedradas e atitudes desnecessárias, mas aprendi a lidar com elas, simplesmente ignorando ou tentando conversar, o que, devo dizer, poucas vezes funcionou.
Houveram momentos em que eu tive que desistir, desisti do meu esporte,não que na verdade eu amasse aquilo, mas como sempre eu sabia que precisava e não me importava em gostar ou não. Desafoguei um pouco meu horário limitado. Com o tempo briguei por discussões que não eram minhas, pelo bem de todos, saí com meu orgulho inteiro, mas decepcionada por quão baratas as pessoas poderiam ser.
Perdi uma disputa, mas acredito que tenha sido o melhor, afinal, eu não sei quando lidaria com isso. Mas nunca fui uma garota que diz: "Yay, menos problemas para mim!"
O momento de mais provação que iria passar seria a repetiçao do momento que tinha me derrubado no ano anterior, esperava ansiosamente por ele, será que as coisas seriam diferentes? O que iria acontecer? Semanas antes eu comecei a ver que não seria. Eu estava sendo julgada erroneamente por acusações que não cabiam a mim, estava sendo talvez usada. E criticada além do necessário por erros que eu já havia assumido, afinal reconheço que não sou perfeita. Sabe como é se sentir um"saco de pancadas"literalmente? Eu sou bem paciente e ingênua, ouço quando as pessoas precisam desabafar, tento até dar conselhos e por mais terrivel que seja consigo permitir que me critiquem, pois sei que quem a pessoa REALMENTE está criticando é a ela mesma.
Não precisava mais provar nada a ninguém, apenas a mim mesma. Eu sei quem eu realmente sou.
O momento era de mudanças, tudo estava bagunçado e confuso, uma bela encruzilhada.Uma neblina densa se espalhava.Fiz a minha decisão. I made up my mind.
Afinal meu ano numerológico é 9, finalize tudo o que leva para baixo.
Se eu me sinto abandonada em meu trabalho, o que devo fazer? Tomar alguma atitude?
Se eu percebi que não sou nem nunca serei reconhecida? Vou para onde meu trabalho é válido. Meritocracia.
Se eu estou em uma emboscada fazendo algo mecanicamente sem amor, o que eu faço? Mudo.
Consegui tirar um peso das minhas costas ao proferir palavras como: I quit!
Mas um último fracasso ainda me espera até o final do ano...Você irá repetir porque você não liga. Provo que sou capaz? Ou simplesmente me afasto e aceito porque nunca gostei mesmo? Desde o início... The clock is running faster...
Qual é o preço do fracasso iminente?

sábado, 10 de outubro de 2009

Dear Diary: Conhecendo São Paulo

Foi em uma sexta feira. Decidi cabular aula para ir ao aniversário de um amigo. Um novo amigo na verdade, estávamos naquela fase da nova amizade onde não faz muito tempo que se conhecem, mas as coisas “Just clicked” e tudo é engraçado e exatamente o mesmo que acontece com a pessoa acontece com você, nada é entediante, todos os novos amigos que vem no pacote são incríveis e os grupinhos se completam. Você olha para a amizade antiga deles e pensa que queria ter algo igual, e é provável que você tenha e então você sorri sabendo que tem.
Confuso? Dúvidas? Pergunte à escritora, no caso, eu! Não sei se explico melhor depois, talvez não. Voltando à historia, eu e alguns amigos velhos fomos ao restaurante com os amigos novos, nos divertimos, rimos bastante e aquela coisa toda. Fato estranho 1 da noite: demoramos mais de 1 hora para escolher os pratos! A coisa mais ridícula que se pode fazer em um restaurante! Logo, depois de muito, mas muito tempo, decidimos ir embora. Não tinha sido uma tortura, longe disso, porque quando as pessoas se divertem o tempo passa rápido, mas é que para cada decisão uma missa se desenrolava, mesmo para ir embora.
Lembrei que de manhã eu havia me perdido indo para a USP pois segundo a moça da rádio SULAMERICA trânsito, a Av. Bandeirantes estava um caos. Eu estava na Tancredo, prestes a entrar nela quando decidi entrar na rua Vergueiro, pois afinal seguindo reto toda a vida eu teria que sair na frente do Etapa e de lá a Paulista e tal. Acabei saindo em ruas estranhas, liguei para o meu pai que me aconselhou sabiamente e eu acabei saindo na Domingos de Moraes! Meu pai disse qual o lado da avenida que eu deveria entrar, deveria ter prestado atenção. Segui o lado que me pareceu mais conhecido. Acabei indo para o lado errado e quando percebi perguntei para um velhinho rico em carro filmado que estava do meu lado. Ele confirmou que a Paulista era para o outro lado. Fiz o retorno na rua de uma amiga minha (que eu não fazia idéia de como chegar lá), tentei ligar para todos que eu conhecia naquela área mas ninguém respondeu, felizmente acabei saindo na Paulista.
Tirei a lembrança da mente, afinal se perder tanto em um dia já tinha sido o suficiente, decidi ; levar o pessoal, afinal se fosse o contrário eu gostaria disso. Separamos-nos em 3 carros: amigos novos comigo, amigos antigos em outro e uma garota foi embora sozinha. Encontramos a saída depois de alguns minutos rodando no estacionamento vazio. Perdi a entrada para ir para a Paulista, que era a minha opção de caminho para chegar até a zona sul. Decidir pegar a ponte Eusébio Matoso e ir pela Avenida dos Bandeirantes, vulgo meu caminho da roça.
Seguimos em paz pelo semi trânsito a meia noite na Bandeirantes. Encontramos a entrada para a casa do aniversariante, inacreditavelmente acertamos o caminho até a casa dele, digo, apartamento, pois seu apelido é “menino-de-prédio”.
Então, começou a rolar um pânico! Eu não fazia idéia de como voltar para a minha civilização, ou qual o caminho que o Ferry deveria seguir. (Explicando: eu tenho uma teoria de que São Paulo é como o oceano com várias ilhas. Existe a ilha-minha casa, a ilha-Etapa, a ilha Vila Zelina, a ilha-USP e assim por diante... e para me locomover entre as ilhas eu entro em barquinhos que me levam até elas! Esses barquinhos podem ser ônibus, carro de amigos, etc. Ou então eu pego o Ferry Boat que é meu carro e que só faz o mesmo caminho zona leste-USP por 2 rotas e apenas 2 rotas diferentes.
Eles tentaram me explicar a rota de fuga, eu entendi, não que a mensagem não tenha se auto-destruído em 5 minutos, mas eu entendi.De qualquer forma fiquei com o telefone ( a cobrar) marcado na discagem rápida do meu celular para ligar para o niver-boy assim que estivesse a salvo. Descer a primeira rua à esquerda, passar por uma voltona em U seguir reto (quando eu estava nesta parte da história começaram algumas bifurcações mas eu achei prudente seguir o fluxo de carros e acabei saindo no lugar certo) e chegar em um Bingo velho e abandonado. Encruzilhada!!! O que fazer a partir daí? Ai meu Deus! Seguir reto? Esquerda? Ou direita? O que foi que eles disseram? Algo sobre direita! Isso! Era entrar à direita? Ou não entrar? Ahhhhhh decisão rápida! Entrei!
Liguei para ele para me gabar da minha super habilidade de fazer o caminho certo. Entao eu descobri que não conheci a avenidona em que eu estava... Rápido reconhecer alguma coisa em volta: Centro de Convenções Imigrantes!!
O que isso significa?- Eu gritei no celular. A verdade me acertou! Eu estava indo para a praia!! Como? Droga Droga Droga! Tentei desesperadamente ligar para meu pai e descobrir um retorno. Estava um trânsito infernal! Um acidente imenso tinha acontecido no meio da estrada. Achei um retorno.... tive que pagar um pedágio, poucos reais, mas paguei. Gritei desesperada com o carinha do pedágio! Como eu chego em casa? Ele me deu algumas orientações, fato, eu ainda pediria ajuda para muitas outras pessoas naquela noite.
Acabei saindo em Diadema, na procura de São Bernardo ou de São Caetano. Cheguei na Cupacê, com seus trechos sombrios e quebradas. Estava com muito medo. Enquanto isso eu berrava no telefone com o aniversariante e seu fiel escudeiro que tentavam me encontrar no mapa, mas sempre alguns segundos depois de eu passar por várias outras ruas. Cheguei em um lugar que parecia um bosque. Medo! Só me falta sair no meio do mato. De alguma forma eu acabei chegando na 23 de maio. Perfeito! Eu sabia que de alguma forma ela levava a algum lugar próximo de outro que eu conhecia. Vi o Centro Cultural Vergueiro e quase dei pulinhos de felicidade! Vi uma placa – zona Leste e Centro- mas achei mais inteligente seguir mais um pouco pois com certeza haveriam outras placas.... engano meu! Não havia mais nenhuma placa indicando zona leste! Ahhhh Acabei no centro da cidade! Vi um amarelinho! Estacionei atrás dele e buzinei euforicamente. Em algum lugar em Diadema eu tinha freado bruscamente e meu celular parado embaixo do acelerador. O “menino-de-prédio”tinha tentado me ligar, mas era inviável atender.
O amarelinho chegou no meu carro eu pedi 1 segundo para salvar meu celular. Posição desconfortável. Expliquei pela vigésima vez o meu problema, ele disse que me levaria assim que o parceiro terminasse de fazer não sei o que ali na frente. Eu suspeitava que era verificar se um mendigo havia morrido ou não... O amarelinho ia me salvar!! Ehhhh! Também ele me disse algo sobre rua São Caetano, ao que eu acenei e sorri: Sim São Caetano! Mas eu não fazia idéia de onde estava e enquanto eu seguia o carro dele vivi perigosamente falando ao celular no viva-voz ( alojado no meu colo). Passamos por algo que eu suspeito ser o mercadão, várias pessoas (homens) em caminhões descarregando e carregando caixas em um breu sombrio, caminhos estreitos.
Saímos no centro da cidade, becos sem saída, ruas desertas, apenas eu e o carro do amarelinho. Porque sim, era bem possível que eu conseguisse sair dessa sozinha,... nem precisava do meu guia. As ruas a minha volta pareciam muito convidativas à um assassino saído de um romance inglês. O fog londrino era substituído pela chuva rala que não me deixava enxergar direito.
Radial Leste!! Yay!! Caminho conhecido! O amarelinho deu seta para a direita. Eu achei estranho. Eu estava andando meio torta e ziguezagueando na rua, porque estava tentando ler as placas. Será que ele iria me multar? Ah Meu Deus! Mas eles pareciam tão bonzinhos! Devem saber que eu sou uma cabeça-de-vento! Eles deram seta para eu encostar olhei de relance para o banco do passageiro, este me fez um não com o dedo! Não o que???????
Eles entraram em uma rua a direita. Não era o meu caminho conhecido, segui por ele... Será que eu levei multa? Por que? E será que eu os desapontei fazendo um caminho próprio? É que eu estava na Mooca, meu! Mas antes de chegar em casa eu ainda peguei um desvio no caminho conhecido e criei um atalho estranho. Passados das 2 da manhã eu cheguei na minha cama, fechei os olhos e desacreditei no meu dia. Quem não queria conhecer São Paulo assim?

domingo, 2 de agosto de 2009

impressões

Você acredita que conhece alguém. Você admira alguém. Você vê a força, a personalidade forte. Você acredita que alguém é aquela imagem que você tem pela primeira vez. Você acredita apenas nas ações e frases ditas.
De repente a máscara cai, e a pessoa por trás da imagem aparece. Falhas, erros, defeitos, conseqüências.
Nenhuma pessoa é uma torre. Nenhuma pessoa é feita de um cristal indestrutível.
Você conhece uma pessoa em seu ambiente do dia-a-dia. E acredita inocentemente que não existe mais nada alem da auto-suficiência e do auto-controle. Não existe um passado, um presente e provavelmente o futuro será apenas a continuação do que é visto.
De repente, o contexto é revelado.
Ninguém vive sozinho, ninguém é sozinho. Você pode não acreditar mas o mundo tem conexões e regras que se aplicam aos outros.
Você não é uma exceção! Você é o mundano e regular. Acorde para a vida. Saia da bolha.

domingo, 19 de julho de 2009

There is something about the youth
All those feelings spread around,...
Believing in everything, believing in the happy ending and
Most of all believing that it all wil live for ever...
One second is enough to change, one year is enough to disappear,...
We build our relationships, we care about them,... and suddenly it is all gone,...

NUMB

Numb
Pensamentos perdidos desconexos, embriagados de algo que não vejo, não sinto, não ouço.
A vida passa por mim e eu não reajo. Não tenho um porque.
A luz do Sol brilha menos para mim. Ela não brilha. É uma leve luminosidade que me incomoda, perturba.
Sorrir rasga e destrói a máscara de pedra há tanto moldada
Pensamentos confusos preenchem o espaço vazio
Cinza, cinza, cinza e azul é a decepção. Neutra.

domingo, 5 de julho de 2009

Desilusão

Desilusão
Uma dor aperta meu peito. Dilacera. Espalha-se como um veneno consumindo o otimismo e os pensamentos bons.
A ilusão se desfaz. O castelo do conto de fadas é destruído como se fosse um mero castelo de areia que a onda veio extinguir. Culpa da onda? Ou culpa do construtor que escolheu o material mais frágil para sua obra de arte?
Contos de fadas não são realidades. Mentiras ensinadas às meninas para não verem a realidade cruel. Verdadeiro amor é para os tolos que acreditam poder encontrar alguém a quem confiar a vida, confiar tão fortemente a ponto de ser vulnerável, demais.
Contos de fadas não existem. São frutos da imaginação sedenta por paz e insanidade, mistificando as dificuldades, acreditando no nascer do Sol, enquanto vive um eterno anoitecer.
Contos de fadas não existem. No final você está sozinho esperando que alguém venha te salvar, mas ninguém chega, você apenas espera, espera e espera.
Sonhar é como ver a realidade com cores brilhantes e fortes. Acordar é enxergar a beleza do sonho borrada e anuviada.
Acreditar demais aumenta a queda. As certezas não são fatos, são suposições vazias.
A ilusão é uma proteção criada pela mente para sobreviver aos sentimentos que são acima de tudo humanos. Ela é a idealização da verdade. É a imaginação de tudo o que poderia ser, mas que não é.
Fugir destas amarras dói, demais. Sair do refúgio é difícil. A onda se aproxima, o castelo fica plano. A escuridão chega. Os olhos devem se adaptar. As batidas aceleram. Realidade. Verdade. Sanidade.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Prólogo - Passado,presente e futuro

Prólogo


Foi em um dia de dezembro, quando tudo começou,um dia de Sol e quente,um daqueles dias em que não se tem vontade de fazer nada além de sentar e ver a vida passar apenas sentindo os efeitos causados pela vida.O que acontece, entretanto , é que esses efeitos mudam de pessoa para pessoa e se para uma são motivos de orgulho, para outras podem causar dor e sofrimento, sentimentos marcados tão profundamente na memória como na alma das pessoas que vivem. Ninguém pode dizer que se esquecer de seu passado, pois a verdade é apenas que o dito popular não se engana : o passado nos assombra para sempre. Isso tudo é motivo para se sentir mal ? Nem sempre , pois acima de tudo podemos aprender infinitamente com nossas experiências, especialmente como lidar com ela .
Tudo se passou em um tempo não determinado em meu passado, apenas me lembro deste caso pois são meus amigos que o fazem acontecer .Nos conhecíamos todos há muito tempo, na maioria estudamos juntos , mas nos conhecemos melhor nos dias que se sucederam a estes em que passamos as férias de verão em um hotel muito grande e luxuoso no interior de nossa cidade e que pertencia a uma senhora muito trabalhadora ,a senhora Ludmilla, calma e boazinha, extremamente rica e extravagantemente gastava sua fortuna com bailes e jantares caros, sempre irritantemente elegante e fina e com idéias, um tanto excêntricas e de um humor nada menos do que sombrio.
Utopia controversa

Tudo o que acredito foi e é dilacerado. Acreditar leva á desilusão.Tenho dúvidas e estou perdida.Minha opinião é dúbia.
Vou contra o poder hipócrita da instituição despótica que toma decisões erradas e desrespeitosas. O poder que segrega e destrói as idéias corretas.Sou comunista, não.
Concordo com a necessidade de um poder. Não tenho a utopia de querer uma sociedade igualitária pois de forma alguma acredito no ser humano e em sua boa vontade. Ele é um ser corrompido. Ele é corrompível. O poder dividido não é efetivo, é ridículo, inexistente , nada (sim, generalizando) funciona. Existe um ditado popular mais antigo que qualquer pessoa que respira hoje em dia: “cachorro que tem muito dono morre de fome”.
Sou o quê. Desacredito em uma sociedade dominada por um líder tendencioso, mas não aceito que o direito de liderança dividido leve a algum lugar. É insuportável submeter-se á situações que fogem do controle. É dilacerante. É equivocado sonhar que o fim será melhor.
Há um bom tempo a esperança começou a ser destruída. Ela não resistirá até o fim efetivo. Continuo em dúvida.

Confissões de uma alma frustrada

A Alma exposta, carta ao sentimento


A beleza de um ator, escritor, artista está no simples fato da passagem do sentimento, na transmissão perfeita e absoluta da mensagem. Se é verdade ou se é falsidade não interessa .O ponto principal é que emoções sejam afloradas intensamente.
Admiro os românticos, pois eles nunca se esqueceram de fazer a Arte com paixão, independentemente do destinatário das palavras. Simplesmente informar é uma profissão.Informar com ardor é um dom conhecido pelo nome de Arte. Eles eram artistas, outros foram apaixonados por ela e por isso eram bons, eram profundos.
Como definir a Arte? Defina-me sentimento. Impossível fazê-lo com palavras frias, soltas ou unidas a frases teóricas. Há de ser com olhar, com pele, com movimentos, ser ludibriado pelos próprios pensamentos que se confundem com os do artista.
Se você termina um livro, uma peça ouve uma música ou uma canção e nada é acrescentado á sua vida, devo sentir dó. Tanto do artista que não teve o poder de enganar sua visão de mundo, como sua que não teve a sensibilidade de perceber a diferença entre tudo que é interno a cada pessoa. Nada que seja absorvido por alguém é exatamente igual ao que fisicamente causou a idéia.
A percepção do universo à volta é única a cada pessoa. Penso que você não tem emoções livres, pois não sabe apreciar o sentimento do outro. A linha que separa o elevado do mundano e o físico do sentimental é mais tênue do que se imagina, mas imensa na alma.
Para ser um artista, domine seus sentimentos para que, em um paradoxo, você os possa libertar sem pudor, pois é assim que você se mostra inteiramente e ainda verdadeiramente ao outro. Só assim você incita o que está adormecido e congelado: as emoções que movem e dão sentido á vida.