quinta-feira, 12 de novembro de 2009

São Paulo

Eu nunca foi "patrióta", mas hoje eu percebi que amo minha cidade. Na verdade, A cidade,... em alusão à Cidade e as Serras de Eça de Queiroz, mas sem querer plagiar.
EU percebi que amo as luzes da Paulista, que amo a Consolação lotada. Amo chegar na USP e me orgulhar de estar naquela microfloresta envolta de concreto. EU amo até os motoboys que passam zumbindo na Bandeirantes.Amo não saber o caminho e simplesmente seguir o carro da frente para onde ele me levar! Acordar de manhã e saber que o meu caminho da zona leste até a oeste vai cruzar a cidade, e que eu posso estar em qualquer lugar a qualquer momento, desde que com 2 horas de anecedência...Amo me perder aqui, pois cada vez que eu me perco eu me acho mais, eu descubro mais um pedacinho do meu lar, da minha cidade, da minha cara. Cimento, CO2, Trânsito e Poluição = Home Sweet Home!

domingo, 1 de novembro de 2009

Failure - Ficção ou Realidade?

Who is not afraid of failing? Well I am,.. and I have got to tell you that it fucking hurts!
Nunca fui acostumada com fracassos, ou com problemas do tipo. Sempre consegui tudo o que queria, nem que fosse feito nas coxas... Sim eu compreendo que não é o certo... agora facing this dilemma eu me pergunto: O que está acontecendo?
Pensamentos de alguma forma amorfa.
Desde que eu entrei na faculdade mais conceituada e a "melhor da América Latina" tudo pareceu afundar, como se o meu último golpe de sorte tivesse sido passar.
Minhas notas foram morro abaixo e diante da primeira nota vermelha da vida eu entrei em pânico. O que há de errado comigo?
Muito bem, tentei ao máximo fazer as coisas voltarem ao normal... tive que fazer uma espécie de recuperação, substitutiva, depois outra e assim por diante. Ouvi uma "sábia" veterana me dizer, numa tentativa de me boicotar ainda mais, que todos que entram lá eram os melhores alunos das salas do colégio, e impreterivelmete vão começar a ir mal e se arrepender. Bom, não é nenhuma mentira.
Mas outros boicotes e críticas vieram e minha auto-confiança e minha auto-estima foram bombardeadas. Expuseram defeitos que eu não tenho ou cultivo por não me conhecerem. O que me fez pensar que existem muito mais formas de PRÉ-conceito, principalmente quando não se conhece a pessoa o suficiente para se fazer tal afirmação.
Responsabilidade, dedicação, ética são alguns dos meus valores e estes foram julgados e condenados. Eu não sou assim, eu queria gritar, mas quem queria ouvir? Ninguém! Welcome to the real world... eu tinha tomado a maldita pilula vermelha e saido da matrix do meu quarteirão, da minha escola de bairros, dos meus amigos-gossip girl.
Passei então meu ano de caloura tentando provar meus valores. Graças ao bom Deus eu encontrei amizades verdadeiras e um carinho enorme. Eles me deram forca e guidance. Eles acreditaram em mim...
No começo do ano eu falhei em uma prova internacional, por muito muito pouco,... falta de sorte eu me atrevo a dizer,.. comecei a parar de me decepcionar.
Consegui uma conquista, nem tudo estava perdido, fui para uma viagem de trabalho. Perfeito. Encontrei um pouco de mim lá. Tive oportunidades de mostrar quem eu era, como eu era e quando as pessoas se permitiram ver eu fui reconhecida, minha alma foi reconhecida. Cometi erros, sim, erros que eu sempre cometi, inerentes a mim. Me afundar no trabalho e esquecer que as pessoas a minha volta são seres humanos com sentimentos que se machucam tanto como eu.
Durante este ano eu tentei ao máximo continuar cultivando esta imagem que era antiga e comum para mim, mas nova para a minha nova sociedade, consegui continuar com as minhas 200 atividades e passei um pouco para os recém-chegados.
Durante o caminho, porém eu ainda levei pedradas e atitudes desnecessárias, mas aprendi a lidar com elas, simplesmente ignorando ou tentando conversar, o que, devo dizer, poucas vezes funcionou.
Houveram momentos em que eu tive que desistir, desisti do meu esporte,não que na verdade eu amasse aquilo, mas como sempre eu sabia que precisava e não me importava em gostar ou não. Desafoguei um pouco meu horário limitado. Com o tempo briguei por discussões que não eram minhas, pelo bem de todos, saí com meu orgulho inteiro, mas decepcionada por quão baratas as pessoas poderiam ser.
Perdi uma disputa, mas acredito que tenha sido o melhor, afinal, eu não sei quando lidaria com isso. Mas nunca fui uma garota que diz: "Yay, menos problemas para mim!"
O momento de mais provação que iria passar seria a repetiçao do momento que tinha me derrubado no ano anterior, esperava ansiosamente por ele, será que as coisas seriam diferentes? O que iria acontecer? Semanas antes eu comecei a ver que não seria. Eu estava sendo julgada erroneamente por acusações que não cabiam a mim, estava sendo talvez usada. E criticada além do necessário por erros que eu já havia assumido, afinal reconheço que não sou perfeita. Sabe como é se sentir um"saco de pancadas"literalmente? Eu sou bem paciente e ingênua, ouço quando as pessoas precisam desabafar, tento até dar conselhos e por mais terrivel que seja consigo permitir que me critiquem, pois sei que quem a pessoa REALMENTE está criticando é a ela mesma.
Não precisava mais provar nada a ninguém, apenas a mim mesma. Eu sei quem eu realmente sou.
O momento era de mudanças, tudo estava bagunçado e confuso, uma bela encruzilhada.Uma neblina densa se espalhava.Fiz a minha decisão. I made up my mind.
Afinal meu ano numerológico é 9, finalize tudo o que leva para baixo.
Se eu me sinto abandonada em meu trabalho, o que devo fazer? Tomar alguma atitude?
Se eu percebi que não sou nem nunca serei reconhecida? Vou para onde meu trabalho é válido. Meritocracia.
Se eu estou em uma emboscada fazendo algo mecanicamente sem amor, o que eu faço? Mudo.
Consegui tirar um peso das minhas costas ao proferir palavras como: I quit!
Mas um último fracasso ainda me espera até o final do ano...Você irá repetir porque você não liga. Provo que sou capaz? Ou simplesmente me afasto e aceito porque nunca gostei mesmo? Desde o início... The clock is running faster...
Qual é o preço do fracasso iminente?