domingo, 5 de julho de 2009

Desilusão

Desilusão
Uma dor aperta meu peito. Dilacera. Espalha-se como um veneno consumindo o otimismo e os pensamentos bons.
A ilusão se desfaz. O castelo do conto de fadas é destruído como se fosse um mero castelo de areia que a onda veio extinguir. Culpa da onda? Ou culpa do construtor que escolheu o material mais frágil para sua obra de arte?
Contos de fadas não são realidades. Mentiras ensinadas às meninas para não verem a realidade cruel. Verdadeiro amor é para os tolos que acreditam poder encontrar alguém a quem confiar a vida, confiar tão fortemente a ponto de ser vulnerável, demais.
Contos de fadas não existem. São frutos da imaginação sedenta por paz e insanidade, mistificando as dificuldades, acreditando no nascer do Sol, enquanto vive um eterno anoitecer.
Contos de fadas não existem. No final você está sozinho esperando que alguém venha te salvar, mas ninguém chega, você apenas espera, espera e espera.
Sonhar é como ver a realidade com cores brilhantes e fortes. Acordar é enxergar a beleza do sonho borrada e anuviada.
Acreditar demais aumenta a queda. As certezas não são fatos, são suposições vazias.
A ilusão é uma proteção criada pela mente para sobreviver aos sentimentos que são acima de tudo humanos. Ela é a idealização da verdade. É a imaginação de tudo o que poderia ser, mas que não é.
Fugir destas amarras dói, demais. Sair do refúgio é difícil. A onda se aproxima, o castelo fica plano. A escuridão chega. Os olhos devem se adaptar. As batidas aceleram. Realidade. Verdade. Sanidade.

Um comentário:

  1. Contos de fada existem sim! Sonhos são necessários e a vida pode não ser uma linda história de amor, mas podemos tranformá-la em uma história inesquecível e é isso que vale!

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